São
Paulo, 28 de fevereiro de 2007.     
                                                                                                  
MAMÃE
               Não me conformo nem vou me
conformar com essa viagem   sem sentido .
Sinceramente , largar a casa, a família , sair por aí a troco de nada , não dá
para entender . Acho um desperdício , um dinheirão jogado fora . Mamãe , será
que você não percebe que é loucura? Não em cabimento E se você passar mal? E se
cair e quebrar a  bacia? Como vai  ser?  Quem vai socorrer ? O Araújo ? Um sujeito que
vive no meio de cobras e vacas? Lamento a hora em que esse elemento  apareceu em sua  vida. Para 
mim,não passa de um espertalhão ou então de um doido varrido. Não quero
interferir em nada. Como você mesma fez questão de esfregar na minha cara , é
dona do seu nariz e faz o que bem entende . Se quiser minha opinião a opinião
de seu único filho  que tanto lhe quer,
acho  que deveria   largar esse aventureiro e voltar pra casa
imediatamente . Já pensou na vizinhança ? Na dona Otilia ? No doutor Ruy , na
dona Olguinha? O que  eles vão pensar de
você passeando por aí, ninguém sabe onde, com esse fulaninho?
                Mamãe , peço que pense ,
pese   bem as coisas , veja os prós e os
Contras
e volte o quanto antes. 
                                                           
Beijos 
                                                          
( Ricardo Azevedo)
Transforme a carta em uma narrativa. (dupla )  

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